SONETOS - Quatro anos, cinquenta sonetos.

Escrevi setenta sonetos em quatro anos, eliminei certa parte e, em 2006, publiquei cinquenta.
Vários leitores, curiosos e outros indagaram-me a respeito da feitura dos sonetos e também dos motivos que levaram-me a produzi-los.
Este espaço pré-existia ao lançamento do livro e tornou-se então o lugar ideal para a satisfação dos leitores mais afoitos.
Há uma possibilidade gigantesca de eu voltar a produzir neste formato encantador e em desuso. Justamente este: o desuso, é o aspecto que mais encanta-me na literatura.

Forte abraço.

Marcelo Finholdt - março de 2010

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

SONETO AOS VENTOS



Por Marcelo Finholdt

Só a tormenta do mar forma bons marinheiros.


Ondas vem, ondas vão pelo meu pensamento,
Penso longe demais pois enxergo distante.
Distancio-me sempre incoerente e inconstante...
Inconstante, insistente arrostando o momento.

Ondas vem, ondas vão pelo meu sofrimento,
Sofro pouco portanto inaltero o semblante,
Meu semblante é inocente, atraente, de infante;
Infantil, sonhador, brincalhão e birrento.

Ondas vem, ondas vão pelo meu argumento,
Argumento c'o vento: (Ó momento brilhante!)
Brilha o sol, brilha o mar gira o mundo bem lento.

Ondas vem, ondas vão pelo meu vil contento,
A contento do vento ofereço este instante,
Este instante de infante aloprado, sangrento!

Um comentário:

  1. Marcelo muito bom mesmo os sonetos e venho aqui passar o meu blog é www.cirandadepoeta.blogspot.com e o telefone do grafitteiro é 01791586482 ou 01733235223

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