SONETOS - Quatro anos, cinquenta sonetos.

Escrevi setenta sonetos em quatro anos, eliminei certa parte e, em 2006, publiquei cinquenta.
Vários leitores, curiosos e outros indagaram-me a respeito da feitura dos sonetos e também dos motivos que levaram-me a produzi-los.
Este espaço pré-existia ao lançamento do livro e tornou-se então o lugar ideal para a satisfação dos leitores mais afoitos.
Há uma possibilidade gigantesca de eu voltar a produzir neste formato encantador e em desuso. Justamente este: o desuso, é o aspecto que mais encanta-me na literatura.

Forte abraço.

Marcelo Finholdt - março de 2010

domingo, 4 de abril de 2010

SONETO XVII



Por Marcelo Finholdt

“O caminho é um brilhante alumiado por ela,”
Dedicado à Ana Luisa Calil Perroni,
uma bela mulher, uma grande amiga.



Lá se vai, outra vez, essa Lua ao caminho...
O caminho é um brilhante alumiado por ela,
Ela sabe que faz muita falta e é singela
Tão singela ao esquecer seu imenso carinho.

Seu carinho é sem senso e possui muito espinho,
Há um espinho no peito onde há rosa amarela,
Amarela é essa Lua a fazer tal tabela,
E a tabela com a Lua é instigante com vinho...

É com vinho que é feito o soneto da Lua,
Sob a Lua se faz poesia e saudade...
Com saudade produz-se a poesia mais nua!

Vejo - a nua no céu a trazer ansiedade,
A ansiedade é o que torna a saudade mais crua,
Crua e cheia de espinho a espetar a vontade!

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